sábado, 14 de agosto de 2010

Isso que é Idade

Pesquisadores dos EUA estudarão
genoma de mexicana de 111 anos

Ela será uma das primeiras supercentenárias incluídas em estudo sobre envelhecimento

Eduardo Santana / EFEEduardo Santana / EFE
Soledad Mexia terá seu genoma estudado por pesquisadores dos EUA para o desenvolvimento de técnicas que poderão retardar e reverter o envelhecimento humano


Soledad Mexia, que aos 111 anos é a mulher mais velha da Califórnia, Estados Unidos, fará parte do pequeno grupo de pessoas cuja sequência de genoma completa será estudada por especialistas. O objetivo dos estudiosos é entender melhor os segredos da longevidade.
O Grupo de Pesquisa em Gerontologia (GRG, siga em inglês), que reúne acadêmicos de universidades de Los Angeles, Nova York, Washington e Atlanta, é o responsável pelo estudo.
Soledad nasceu em 1899 no estado de Sinaloa, no México, e se tornou cidadã dos Estados Unidos quando completou um século de vida. Seu estado de saúde é estável  e ela tem boa visão, além de clareza de raciocínio.
A mexicana será uma das primeiras supercentenárias incluídas em um estudo liderado pelo doutor L. Stephan Coles, cofundador do GRG e da Fundação para a Pesquisa dos Supercentenários, grupo que reúne pessoas com mais de 110 anos. Coles diz que esses cientistas têm a ambiciosa meta, em 20 anos, dispor de técnicas capazes de retardar e reverter o envelhecimento humano.
- Talvez uma pessoa de cada 10 milhões alcance os 110 anos. Dentre elas, menos da metade alcançará os 111 anos. Ninguém descobriu o segredo ainda, mas está nos genes, que se herda. Por isso é importante que a família de Soledad também esteja disposta a doar sangue e cabelo para serem estudados, pois existe a tendência entre os supercentenários de que suas famílias também vivam bastante.
A sequência do genoma de Soledad e seus descendentes estarão prontas em cerca de três meses, para depois serem comparadas com as de pessoas comuns e a de um grupo de controle.

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